Nascido em Água Boa, Minas Gerais, em 07 de julho de 1953, filho de José Godinho Sobrinho e Honória Gomes Flecha, os quais tiveram nove filhos, sendo Glaydson o mais jovem. Casado com a médica pediatra e homeopata, atualmente dedicando-se aos estudos e atuação clínica na área de Antroposofia, Elizabete Lusdelmato Couto Godinho, com quem tem dois filhos, também ortopedistas e especializados em cirurgia de ombro, André Couto Godinho e Pedro Couto Godinho.
Formação básica no Colégio Estadual de sua cidade e, posteriormente, curso científico, no Colégio Estadual Governador Milton Campos, em Belo Horizonte. Formado em Medicina pela UFMG, em 1979, ingressou na Residência de Ortopedia e Traumatologia no Hospital Ortopédico de Belo Horizonte.
Ao final da Residência, foi convidado a se especializar por mais 01 ano no Hospital Sarah Kubitscheck de Brasília. Em 1981, foi indicado pelo Presidente da Fundação das Pioneiras Sociais, Dr Aloysio Campos da Paz Jr, a pedido da Presidência da República do Brasil e Ministério das Relações Exteriores, a desenvolver um trabalho pioneiro na jovem República de Cabo Verde. Das urgências às deformidades congênitas e até a realização de uma drenagem de hematoma subdural com craniectomia, foram ralizadas, já que não havia neurocirurgião. Glaydson atuou pela Fundação Raoul Follereau, entidade dedicada ao tratamento de hanseníase, para atuar como cirurgião na reabilitação de hansenianos, naquela região africana, uma experiência feita através de muito estudo e orientação em tempos em que não existia internet.
Retornou ao Brasil após 01 ano em Cabo Verde e foi reintegrado ao corpo clínico do Hospital Sarah Kubitscheck, onde atuou como chefe da Residência Médica e cirurgião nas áreas de oncologia, cirurgia infantil, coluna e cirurgia de pé, sendo um dos primeiros cirurgiões no Brasil a utilizarem a técnica “Chevron” para tratamento de hállux valgus, além de mais de uma centena de pés tortos congênitos.
Retornou a Belo Horizonte em 1986, reencontrando seu eterno mentor, Dr José Márcio Gonçalves de Souza que, de imediato convidou-o a integrar o corpo clínico do Hospital Belo Horizonte e Hospital Ortopédico de BH, onde atua até hoje.
Sentindo-se atraído pela nova subespecialidade que surgia, a “Cirurgia de Ombro” e estimulado por seu eterno mentor, Dr José Márcio Gonçalves de Souza, Glaydson é enviado para a Universidade de Lyon, para ser o primeiro Fellow em Cirurgia de Ombro na instituição e primeiro Fellow de um jovem e brilhante ortopedista que se despontava como o grande nome e divulgador de uma novíssima técnica cirúrgica de ombro, a “artroscopia cirúrgica”. O jovem viria a ser um dos maiores ícones mundiais da especialidade, Gilles Walch, de quem tornou-se aluno e amigo-irmão.
Posteriormente, na década de 1990, Glaydson realizou treinamentos em artroscopia e medicina do esporte em Van Nuys, CA (South California Orthopedic Institut) sob orientação de um dos pais da artroscopia de ombro nos USA, J.Snyder; na Universidade do Alabama e na Universidade de Pittsburgh, onde ganhou a admiração e grande amizade do Dr Freddie Fu.
Glaydson tornou-se um divulgador das técnicas artroscópicas em cirurgias de ombro no Brasil e em toda a América Latina.
Criou o “Grupo de Cirurgia e Reabilitação de Ombro e Cotovelo do Hospital Ortopédico de BH” há 30 anos, em 1992. Treinou 147 ortopedistas como estagiários e em programa de especialização em cirurgia de ombro e cotovelo, R4, durante este período. Foram médicos de todos os estados brasileiros e de quase todos os países da América do Sul, além de Portugal, hoje congregados no grupo denominado “Shoulder Family”.
Criou um método original para treinamento em artroscopia de ombro, utilizando paletas dianteiras de caprinos, método este utilizado amplamente em centros de treinamento, especialmente pelo baixo custo e pela dificuldade de importação e uso de peças de cadáveres.
Descreveu sua técnica original de tenodese proximal do bíceps, denominada “Tenodese à Rocambole”, publicada na RBO e muito popularizada em todo o país.
Glaydson criou instrumentais cirúrgicos como afastadores para exposição de glenóide e suporte ajustável de ombro.
Concluiu Mestrado na UNIFESP/EPM em 1999 e, tornou-se Doutor pela mesma instituição, em 2002.
Na política institucional, teve importante participação, como Presidente da Regional SBOT/ MG; foi Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Ombro e Cotovelo (SBCOC); Presidente da Sociedade Latinoamericana de Ombro e Cotovelo (SLAHOC). Foi Presidente do Congresso Brasileiro de Cirurgia de Ombro e Cotovelo, em 2002; Presidente do Congresso Sulamericano de Cirurgia de Ombro e Cotovelo, em 2005 e foi Presidente da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) em 2020, quando organizou o “Primeiro Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia totalmente online”, além de organizar o primeiro TEOT (prova de título de especialista em ortopedia e traumatologia), totalmente online, o que criou novos e definitivos padrões que mudaram para sempre o modelo deste exame. Convidado em 2022 para ser Presidente da Comissão Científica do CBOT-2023.
Tornou-se Membro Honorário de Sociedades de Ortopedia de quase todos os países da América do Sul e México.
Foi editor responsável pela publicação “Atualização em Cirurgia de Ombro”, março de 2000 e pela obra, “Cirurgia do Ombro – da Simulação à Prática”, em 2019.
Foi colaborador, escrevendo capítulos em 28 livros de ortopedia, cirurgia de ombro, medicina do esporte, clínica médica, reumatologia e doenças osteometabólicas, destacando-se a publicação do livro oficial da “Sociedad Mexicana de Cirugia de Hombro y Codo”.
Publicou 42 artigos em revistas como RBO, AJSM, JSES e 25 vídeos com técnicas cirúrgicas e aulas teóricas.
Participou de 28 Bancas de Pós-Graduação em Mestrado e Doutorado em diversas universidades brasileiras.
No momento, em 2022, atua em seu consultório no Hospital Ortopédico de BH e realiza cirurgias nos hospitais: Vila da Serra, Belvedere e Mater Dei, com atividade intensa junto aos Residentes da cirurgia de ombro e cotovelo.